O perfume das palavras


  


    Silenciei na solidão daquele lugar divino, o perfume das palavras pregadas, à luz do Espírito Santo, ainda exalavam no ar. O coração apertado, não compreendia a rigidez dos versos escritos com letras Divinas, versos  aparentemente amargos, contudo traziam a leveza,  a doçura da aprendizagem.
    Calei minha voz, falei somente com a alma, naquele momento a conversa era entre mim e Deus, um diálogo franco, decisivo verdadeiro, em que o coração fora escancarado e a fé  colocada à prova.
    Questionei Deus, na fraqueza da minha mediocridade, porque as coisas de  Deus não são questionáveis, mas sim vividas, sentidas, crível, mas questionei  mesmo  assim.
    O perfume das palavras pregadas estava lá, misturadas ao calor do amor do Espírito Santo.
Tudo ali ressoava o Sagrado, o  Puro, o Belo.
    Continuei ali, tentando descobrir o quê Deus queria comigo, então pensei incessantemente:
  “Ele quer que sejas feliz,  que viva uma felicidade permanente, enraizada  em Seu amor .
     Deus quer que eu desça da Cruz e ressuscite na alegria de Cristo, quer que eu leve as adversidades como uma missão, não como castigo, que eu sacie a minha fome com os Pães Sagrados, e nunca me afaste do Grande Banquete diariamente ofertado.
    Deus quer a minha reação, a minha atitude, o meu compromisso, aquele firmado no Batismo, e confirmado em missão pastoral, Deus apenas deseja que eu seja feliz, que  eu viva uma fé em Jesus Cristo,  resplandeça alegria, assim com dignidade fazendo o outro feliz.
     Naqueles trinta minutos que fiquei com Deus, compreendi que a chave da porta da minha felicidade está comigo, sempre comigo, basta apenas girar e abrir.
     Ao levantar para ir embora, olhei para o Cristo crucificado, e pensei, “ Aguentaste as dores na Cruz por mim, agora aguentarei as dores da minha Cruz por ti. Amo-TE  meu Jesus.


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