Colheita Poética

  Volto ao passado, sinto saudade, Saudade nunca declarada, Saudade comedida. De um lugar  muito especial. Sinto saudade da rua tranquila, Da sombra do chapéu - de-sol, Da suave brisa da maresia, Do verde azulado do mar. São Sebastião, minha origem, Tão cedo de lá saí, Cidade que está em meu coração, A bela cidade cheia de vida. A minha querida São Sebastião.

Amamos as pessoas  que passam  pelas nossas  vidas, Cada uma de um jeito diferente, de um modo especial. Entram em nossa existência, mergulham em nosso ser, Algumas próximas, outras distantes, Mas todas completam a razão do viver. Amamos as pessoas que passam  pelas nossas  vidas, Porque não chegam de mãos vazias Algumas  trazem consigo a confiança fraterna, o amor de irmão. Outras ofertam  palavras seguras de um pai, de um grande pai, E sempre temos aquelas que acalentam com amor de mãe.  Amamos as pessoas que passam  pelas nossas  vidas. Como amamos! Muitas vezes sem saber,   muitas vezes na amargura, no ressentimento, Contudo, amamos. Amamos... Amamos as pessoas que passam pelas nossas  vidas. Aquelas que dividem alegrias, tristezas, lágrimas, sorrisos, Aquela que juramos compartilhar o amor, Aquela que juramos compartilhar a vida. Assim amamos. Amamos as pessoas que passam, porque ficam em nossas  vidas. No sorriso       Na pre

Ouça o barulho, é a pressa em chegar a algum lugar, A ansiedade em encontrar a vida,a principiante vida, Todos têm pressa, e o dia  começa, o grande dia, Para alguns é apenas mais um dia As vidas estão reunidas, partilhando a sabedoria, O saber é a pauta  lecionada, reforçada,  Muitas vezes ignorada, transformada, Torna-se um assunto vago, sem espaço. A  beleza do saber ainda está presente. O prazer de ensinar ainda vive, O conhecimento instiga a vontade de crescer, E o mundo desvendar. Nestas três estrofes, deixo a saudade, De momentos difíceis, mas cheio  de emoção, Da sala de aula repleta de promessas, Lá eu deixei um pouco de minha vida, e o meu coração. .

150 anos do poeta Catulo da Paixão Cearense. Flor de Maracujá "Encontrando-me com um sertanejo, Perto de um pé de maracujá, Eu lhe perguntei: Diga-me caro sertanejo, Porque razão nasce branca e roxa, A flor do maracujá? Ah, pois então eu lhi conto, A estória que ouvi contá, A razão pro que nasci branca i roxa, A frô do maracujá. Maracujá já foi branco, Eu posso inté lhe ajurá, Mais branco qui caridadi, Mais brando do que o luá. Quando a frô brotava nele, Lá pros cunfim do sertão, Maracujá parecia, Um ninho de argodão. Mais um dia, há muito tempo, Num meis que inté num mi alembro, Si foi maio, si foi junho, Si foi janeiro ou dezembro. Nosso sinhô Jesus Cristo, Foi condenado a morrê, Numa cruis crucificado, Longe daqui como o quê, Pregaro cristo a martelo, E ao vê tamanha crueza, A natureza inteirinha, Pois-se a chorá di tristeza. Chorava us campu, As foia, as ribeira, Sabiá tamém chorava, Nos gaio a

faz tão bem ao coração, Coração que bate compassado, feliz bate. Hoje o bem venceu! Venceu no espontâneo  sorriso, Sorriso que trouxe uma mensagem de paz. Paz que  O bem venceu, venceu... Ele vence todos os dias, No árduo trabalho do sonhador, Aquele que sonha em transformar  a sua lida. Em um projeto edificado de amor. O bem sempre vencerá, sempre, Nas pequenas coisas, nos pequenos gestos, Nos momentos improváveis, nas palavras refletidas, No coração puro e sereno, Na luz silenciosa de uma bela oração. O bem é um raio gostoso de Sol Entra na  alma, esquenta o coração, Faz maravilhas em nossa vida Transforma os maus pensamentos, Devolve as palavras Divinas, repletas de emoção. O bem venceu, meu  caro! Venceu, vence e vencerá. Basta deixá-lo vencer: Nas atitudes, Nas Palavras, Nos pensamentos Sementes que germinarão a força do bem Na caminhada da vida. O BEM VENCEU, SEMPRE VENCERÁ!